Em Fafe cumpriu-se a tradição e, no segundo domingo de julho, a procissão voltou a ser o ponto alto das comemorações das festas em honra de Nossa Senhora de Antime.
Um momento carregado de fé e emoção, vivido por milhares de crentes que participaram neste regresso das celebrações, depois das restrições motivadas pela pandemia.
O dia começou com duas missas solenes, na Igreja Nova de São José e na Igreja Paroquial de Antime, que antecederam a saída das procissões que se juntaram na Ponte de São José.
O encontro das imagens de Nossa Senhora da Misericórdia e Nossa Senhora das Dores, na ponte de S. José, a fronteira entre Fafe e Antime, foi, como é tradição, um dos momentos que mais comoveu os fiéis.
Frente a frente, as imagens saúdam-se com uma pequena vénia, acompanhadas por uma simbólica largada de pombos que põe todos de olhos postos no céu, batendo palmas e entoando cânticos à padroeira.
Milhares de fiéis, muitos de lágrimas nos olhos e alguns de pés descalços, demonstraram fé e devoção seguindo daí em peregrinação até à Igreja Nova de Fafe, onde foi celebrada uma missa campal.
Antes disso, houve ainda a tradicional saudação do cortejo religioso pelo Executivo Municipal, nos Paços do Concelho.
A majestosa procissão afirmou-se, uma vez mais, como um momento único de fé, vivido por milhares de crentes que fazem desta a maior manifestação religiosa do concelho.
Este ano, as orações estiveram também unidas pela recuperação do padre Alfredo Saleiro, pároco de Antime, que se encontra hospitalizado, não marcando assim presença física nas festas.
Às 18 horas, a procissão de Nossa Senhora da Misericórdia sai da Igreja de S. José e regressa a Antime, numa cerimónia marcada pelo adeus e pela certeza de que a padroeira, cumprindo a tradição e como dita a lenda, visitará a cidade de Fafe para o próximo ano.
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