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Ex-presidente da Câmara de Fafe e três ex-vereadores acusados de prevaricação

Em causa está um concurso público e dois ajustes diretos à Naturfafe, em 2014 e 2015. Raul Cunha e Pompeu Martins dizem-se inocentes e que tudo será esclarecido ao juiz: “Não ganhámos um cêntimo na Naturfafe. Estamos todos tranquilos nesta matéria”.

O ex-presidente da Câmara de Fafe, Raul Cunha, o ex-vice-presidente, Pompeu Martins, dois ex-vereadores e dois funcionários do município foram acusados pelo Ministério Público de crimes de prevaricação e participação económica em negócio.

Em causa está um concurso público para adjudicação de uma prestação de serviços no ano de 2014 e dois procedimentos por ajuste direto no ano de 2015 com a mesma cooperativa de prestação de serviços no domínio do turismo, desporto, cultura e tempos livres, a Naturfafe.

De acordo com a acusação, os titulares de cargos políticos terão participado nestas contratações públicas ao mesmo tempo que eram titulares dos órgãos de decisão, deliberação e fiscalização da cooperativa. “O que não os impediu de contratar os seus serviços, com a participação de funcionários camarários na sua dependência hierárquica, e em detrimento de, pelo menos, um prestador de serviços que apresentou proposta economicamente mais favorável ao município”, lê-se na nota da Procuradoria-Geral.

De acordo com a informação divulgada esta quarta-feira na página da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, terão sido “adjudicados de forma ilegal” serviços que acarretaram um prejuízo patrimonial de, pelo menos, 52.500 euros para o Município de Fafe.

O Ministério Público pede a condenação solidária dos arguidos no pagamento daquele valor a favor do Estado, e ainda como penas acessórias a proibição do exercício de qualquer cargo político por um período de 2 a 10 anos e a perda de mandato como membros de autarquia local. Relativamente aos funcionários da autarquia, a acusação pede a proibição do exercício de funções por um período de 2 a 8 anos.

Em declarações à Lusa, Raul Cunha, atual presidente da assembleia municipal, à época presidente de câmara, referiu que aquele era um procedimento normal que vinha do passado, porque a cooperativa, detida em 66% pela câmara, prestava serviços ao município. Sublinhando que a sua participação nas deliberações tiveram o parecer prévio dos serviços jurídicos do município, garantiu que nada ganharam com esta situação e que “tudo será esclarecido ao juiz”, quando for requerida a abertura de instrução.

Também Pompeu Martins sustentou tratar-se de um ato administrativo, e que a presença dos autarcas nos órgãos sociais da cooperativa ocorria apenas por inerência de funções. Não ganhámos um cêntimo na Naturfafe. Estamos todos tranquilos nesta matéria”, referiu, citado pela Lusa, assegurando que a participação na votação quando a matéria foi tratada pelo executivo ocorreu porque os serviços da câmara indicaram que legalmente o podia fazer.
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