A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) lançam esta quarta-feira a Campanha de Segurança Rodoviária “Taxa Zero ao Volante”, inserida no Plano Nacional de Fiscalização.
A decorrer entre 4 e 10 de novembro, a campanha tem como objetivo alertar os condutores para os riscos da condução sob a influência do álcool.
“Em Portugal, em 2023, um em cada quatro condutores falecidos em acidentes de viação apresentava uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 g/l e três em cada quatro destes condutores tinham uma taxa igual ou superior a 1,2 g/l. Do total das vítimas de acidentes de viação autopsiadas, 23% apresentavam uma taxa de álcool no sangue superior ao limite legalmente permitido, das quais 73% excediam a taxa considerada crime (≥1,20 g/l)”, avançam, em comunicado.
“Conduzir sob a influência do álcool causa várias perturbações, designadamente ao nível cognitivo e do processamento de informação, bem como alterações na capacidade de reagir aos imprevistos e descoordenação motora”, acrescentam.
A campanha “Taxa Zero ao Volante” integra ações de sensibilização da ANSR, bem como operações de fiscalização, pela GNR e pela PSP, com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário, de forma a “contribuir para a diminuição da sinistralidade e a adoção de comportamentos seguros, por parte dos condutores, no que respeita à condução sob a influência do álcool”.
A ANSR, a GNR e a PSP relembram que a condução sob a influência do álcool é um risco para todos:
- Com uma taxa de álcool no sangue de 0,5 g/l, o risco de sofrer um acidente grave ou mortal duplica;
- Os acidentes que decorrem da condução sob a influência do álcool são particularmente graves;
- O álcool diminui o campo visual, provocando a chamada visão em túnel e esta perda de capacidades, bem como as alterações de comportamento, que podem levar a estados de euforia e de desinibição, aumentam de forma significativa o risco de envolvimento em acidentes rodoviários.
“A sinistralidade rodoviária não configura uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas, através da adoção de comportamentos seguros na estrada”, concluem.


