Fafe vai receber a prova de abertura do Campeonato do Mundo de Enduro, entre os dias 5 e 7 de abril.
A prova, denominada ACERBIS GP Portugal Fafe 2024, foi apresentada esta quarta-feira pela organização, a cargo da Prime Stadium, em parceria com a Associação Cultural e Desportiva Natureza Alternativa e Município de Fafe.
Marco Correia, da associação Natureza Alternativa, explicou que os pilotos vão enfrentar um percurso de 48 quilómetros, mais especiais cronometradas. O percurso tem início em Fafe, seguindo depois por várias freguesias do concelho, sendo percorrido três vezes, num total de quase sete horas.
Segundo Marco Correia, as equipas começam a chegar a Fafe já no dia 1 de abril. Na sexta-feira de manhã, terão acesso a uma pista de testes, para afinar as motas, junto à Escola Montelongo. Pelas 20h00, terá início a Super Test, no parque da cidade, um prólogo que promete “espetáculo”. No sábado, os pilotos arrancam para a Cross Test, junto ao Passadouro, em Estorãos; enfrentam a Enduro Test, em Monte e Queimadela, num local que já recebeu a prova do Nacional; e percorrem as margens do rio Vizela até à Extreme Test, no Alto do Sabugal, em Revelhe. Tal será percorrido três vezes em cada dia (sábado e domingo), estando o ‘padock’ instalado na Praça das Comunidades.
“Não é um percurso fácil, é de nível elevado, mas acho que os pilotos vão gostar e estão preparados, são mundialistas. (…) Vai ficar na memória dos fafenses esta prova do mundial de enduro em Fafe”, referiu.
Carla Alvarenga, da Prime Stadium, destacou a dimensão da prova, a primeira do circuito do mundial, que irá contar com dez equipas de fábrica, cerca de 1000 a 1200 pessoas no padock e a participação de 110 pilotos, entre os quais três portugueses, sendo cerca de 30 os países representados. A responsável da organização saudou ainda a presença, no feminino, de três pilotos que cumprirão as cinco provas do Mundial.
A prova conta ainda com um plano de sustentabilidade ambiental, que, entre outras medidas, evidencia preocupação com níveis sonoros da prova, a distribuição de ecopontos no percurso e nos padocks, pontos de recolha de óleos usados e pneus, uma zona de lavagens “verde” e zonas de tratamento de aguas residuais. A emissão de CO2 pelas motas será ainda compensada com a plantação de árvores, numa atividade que envolverá a participação de crianças do ensino pré-escolar, nas margens do Rio Vizela, avançou Alexandra Castelo, responsável pela área do Ambiente da Prime Stadium.
Deu ainda nota de que as equipas e a organização farão o seu abastecimento nos mercados e estabelecimentos locais, “contribuindo, desta forma, para o impacto económico da prova na cidade“. Para combater o desperdício alimentar, os produtos remanescentes serão doados a uma instituição local.
Por fim, o presidente da Câmara de Fafe, Antero Barbosa, felicitou a escolha de Fafe para a prova e a sua preocupação com a sustentabilidade ambiental, esperando que a mesma seja “um momento de celebração para todos os que gostam do desporto motorizado”. Destacou ainda o impacto que trará a Fafe, ao incluir-se no “grande leque de provas desportivas que temos acolhido e vamos ainda receber no concelho e que representam uma alavanca para desenvolvimento económico e social, promovendo a imagem do concelho”.
A par da prova de Enduro, a organização preparou um programa com diversas atividades para a comunidade, entre demonstração de meios da GNR, plantação de árvores no corredor ecológico de Fafe, uma visita ao Museu do Rali, um espetáculo de ADN e ações de sensibilização da Resinorte.
A prova de Fafe corresponde à 1ª jornada pontuável para o Campeonato do Mundo de Enduro de 2024, que depois de Portugal prossegue na Roménia, Itália, Eslováquia, País de Gales e termina em França.
