Paulo Moreira e António José Novais apresentaram, na quinta-feira, o seu novo livro “As Fafeiras”, que retrata o processo migratório de jovens mulheres, oriundas de algumas freguesias do norte do concelho de Fafe, para a Gafanha da Nazaré, para trabalharem na seca do bacalhau.
O livro retrata, numa perspetiva antropológica e sociológica, um movimento migratório que era desconhecido para a generalidade dos fafenses e que vem acrescentar conhecimento à história local.
A sessão de apresentação, no âmbito da Festa do Emigrante, contou com a presença do Secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo, que elogiou o trabalho de pesquisa dos dois autores, assim como o empenho do Município de Fafe na defesa e promoção da identidade, tradições e história locais.
A obra de investigação estende-se por mais de 330 páginas, explicando a origem do nome Fafeira e aquele movimento migratório de jovens mulheres entre 1946 e 1996, contando numa segunda parte com o depoimento de mais de uma centena de Fafeiras, que os autores pretendem assim homenagear. O livro conta com prefácio de Pompeu Martins e posfácio de José Ribeiro.
Depois da apresentação da obra, seguiu-se a exibição do filme “Erosão” inspirado na obra de Miguel Torga, “Terra Firme”, que é resultado de um projeto comunitário homónimo que tem a comunidade fafense como protagonista, envolvendo mais de 200 participantes e duas dezenas de instituições.