O Secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo, marcou presença na sessão de apresentação de apoio aos emigrantes e ao investimento da diáspora que teve lugar no auditório da Câmara de Fafe, na quinta-feira, no âmbito da Festa do Emigrante.
Segundo o município, a iniciativa “pretendeu ser um importante momento de debate e de reflexão em torno das medidas de apoio ao regresso aos emigrantes e ao investimento em Portugal, bem como outras iniciativas do governo e da autarquia de Fafe”.
O Secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo reafirmou que devem manter-se os laços afetivos e de contacto permanente com o ativo estratégico que os cinco milhões de portugueses que vivem no estrangeiro representam. “É nos territórios de baixa densidade que esse investimento é mais preciso e o governo tem de ajudar a criar essas condições. O Estado tem de fazer com que a nossa diáspora seja um exemplo e continue a puxar Portugal para cima”, defendeu.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Fafe, Antero Barbosa, afirmou na sua intervenção que a diáspora desempenha um papel muito importante no impulso à internacionalização das empresas sediadas no concelho de Fafe e referiu-se ao esforço de divulgação das potencialidades do município para atrair investimentos oriundos de mercados fora de Portugal.
“O Município deve saber aproveitar esta potencialidade de termos embaixadores por todo o mundo para atrairmos empresas para o concelho e aproveitar esta rede para expandir negócios e captar a atenção daqueles que aqui querem investir”, referiu o edil. “Temos vindo a acarinhar as empresas a fixar-se em Fafe, o PDM vai duplicar os espaços para esse fim e quem quiser investir em Fafe dispõe de condições para isso”, assegurou por fim o autarca.
Paula Nogueira, vereadora do pelouro da Cultura e com atribuições nas Relações Internacionais e Geminações afirmou, na intervenção de abertura, que “Fafe celebra o regresso dos seus conterrâneos com um programa que valoriza a cultura que nos une e identifica”, por isso, salientou, “concedemos lugar às nossas tradições, à nossa história, àquilo que é único e que mantém vivo o laço com aqueles que tendo partido têm sempre consigo a vontade de voltar”.
Referindo-se a iniciativas como o Censos da diáspora, que procura cartografar a presença dos fafenses emigrantes, afirmou que “Fafe é do tamanho do mundo porque chega a toda a parte onde vive um fafense”.
O programa da Festa do Emigrante terminou depois com a apresentação do livro “As Fafeiras”, da autoria de Paulo Moreira e António José Novais, que retrata o processo migratório de jovens mulheres, oriundas de algumas freguesias do norte do concelho de Fafe, para a localidade de Gafanha da Nazaré (e outras, designadamente, Vila do Conde), para trabalharem na seca do bacalhau.