A Junta de Freguesia de Fornelos viu aprovada a ‘Eco Aldeia Vida’, um projeto social que pretende criar habitação comunitária e colaborativa.
O projeto prevê a construção de 15 casas de forma ecológica e sustentável, num terreno da freguesia com cerca de 17.000 m2, que foi já cedido pelo Município de Fafe à Junta de Fornelos, por um período de 50 anos.
Objeto de candidatura a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o projeto foi aprovado, garantindo financiamento a 100%, num investimento que ascende aos 1 884 060 euros, enquadrado numa linha de apoio à requalificação e alargamento da rede de equipamentos e respostas sociais.
“Este é um grande projeto para Fornelos e estamos muito empenhados na sua concretização”, expressa o presidente da junta de freguesia, David Fernandes, satisfeito com o impacto que acredita que o projeto, pensado para abranger 60 pessoas, e que pretende dar prioridade a jovens e famílias de Fornelos, virá a ter junto da população.
Segundo o autarca, “a vertente ecológica será uma marca do projeto inovador, que pretende uma construção amiga do ambiente, com recurso a materiais o mais naturais possíveis, e com base na permacultura, uma forma de organizar espaços de forma sustentável”. Estão previstas zonas de habitação, cultivo e comunitárias, todas interligadas.
“O conceito de Eco Aldeia é muito característico e pressupõe um verdadeiro espírito de comunidade. Tem de haver uma boa interação entre as quinze famílias, que vão partilhar espaços, como lavandaria, hortas, estacionamento… É uma nova forma de urbanizar: criar aldeias que contrariem o espírito das grandes áreas urbanizadas onde as pessoas nem conhecem os vizinhos“, frisa o autarca.
Segundo David Fernandes, “espera-se que a vivência comunitária permita às famílias serem mais resilientes e resistentes ao contexto económico, suprindo, com entreajuda, as suas necessidades”.
“É um projeto que se sonhou e queremos muito ver materializado, pela importância que sabemos que a oferta de habitação tem hoje em dia. O nosso objetivo passa por priorizar mão de obra e materiais locais, sempre que possível. Dado o financiamento do PRR, terá de ser concluído em 2026 e tudo faremos para que os prazos sejam cumpridos”, conclui.