O executivo municipal de Fafe aprovou esta quinta-feira, em reunião de câmara, o tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos para 2022, que se mantém igual ao deste ano, com o município a suportar o aumento previsto.
“Embora se tenha verificado um aumento dos valores praticados pela RESINORTE, o Município de Fafe vai assegurar essa despesa, não onerando as famílias, sobretudo num período desafiante ainda muito marcado pelas dificuldades provocadas pela pandemia”, afirmou o vereador Raul Cunha, responsável por este pelouro.
Segundo avançado na reunião, a tarifa do tratamento dos resíduos em alta sofreu um aumento de 20% do ano passado para este ano, e agora de 22% para 2022. Acresce ainda um aumento de 100% da taxa de gestão de resíduos em relação a 2021. Face a estes valores, serão necessários entre 200 a 300 mil euros do orçamento municipal para acautelar os aumentos em 2022.
“Temos de fazer um caminho de melhorar a eficiência do sistema, e isso passa por incluir no sistema todos os utilizadores. Garantir que todas as pessoas que colocam o lixo na rua estão dentro do sistema e recebem a respetiva fatura, para termos um sistema mais justo e com maior equidade, e por aí tornarmos o sistema mais eficiente. Por outro lado, estamos em conjunto com os outros municípios a fazer alguma pressão junto do Estado central para que possa também dar algum apoio e não terem de ser os municípios e as famílias a ficarem com todo o custo”, adiantou o vereador.
O caminho, acrescentou, passa também pela sensibilização dos cidadãos para a separação do lixo e uso dos ecopontos, uma vez que a taxa de gestão dos resíduos só é aplicada nos resíduos depositados em aterro.
A manutenção das taxas de resíduos em 2022 foi aprovada por unanimidade. Rui Novais da Silva, vereador do PSD, sublinhou que o prioritário é “acautelar” a manutenção da taxa, para bem dos munícipes, e pediu uma atitude “pró-ativa” por parte do município.
O presidente Antero Barbosa garantiu que a Câmara de Fafe irá contestar, juntamente com outros municípios, face aos “preços incomportáveis” que estão a ser impostos.