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Oficinas Artísticas em Serafão ‘empoderam’ desempregados para a procura de emprego

Técnicas do teatro e expressão plástica procuram dotar participantes de ferramentas sociais e emocionais que lhes facilitem procura de emprego.

A freguesia de Serafão, em Fafe, tem sido palco de Oficinas Artísticas dirigidas à população desempregada, com o objetivo de dotá-la de ferramentas sociais e emocionais que lhes facilitem a procura de emprego. 

Através de exercícios teatrais e de expressão plástica, os participantes são convidados a partirem à descoberta de ‘um outro eu’, encontrando capacidades que “se calhar nem sabiam que tinham” e que dão mote ao desenvolvimento das suas emoções, criatividade, empatia e relação com o outro.

“O nosso objetivo é dotar as pessoas que passam pelo nosso projeto de ferramentas que as empoderem na procura de emprego. O foco muitas vezes está no fazer um currículo, mas esquecemo-nos que não adianta de nada se a pessoa não consegue ter o impulso e motivação para dar o melhor de si”, explica a coordenadora do projeto CLDS de Fafe, Raquel Carvalho. 

Cristina Cunha e Vânia Silva dinamizam as atividades do projeto, coordenado por Raquel Carvalho.

Técnicas e estratégias de autocontrolo e de relaxamento, como forma de reconhecer e lidar com as suas fraquezas e, ao mesmo tempo, aprender a tirar o melhor partido dos seus pontos fortes, são usadas para ultrapassar, por exemplo, a timidez e inibição. O trabalho começa com “um período de análise interior”, para descobrir “onde estamos, para onde queremos ir, quais as nossas potencialidades e quais os aspetos que ainda precisamos de melhorar”.

São pessoas em que numa entrevista de emprego possivelmente o nervosismo inicial seria tanto que à partida iriam ser excluídas porque não iam conseguir mostrar verbalmente aquilo de que são capazes”, exemplifica.

Segundo a coordenadora, o objetivo é que as pessoas “descubram em si ferramentas” que podem utilizar em qualquer situação, mas sobretudo tendo em vista a sua empregabilidade. Raquel Carvalho conta que há casos de sucesso saídos destas oficinas, de participantes a quem estas atividades “abriram horizontes”, se transformaram e ganharam coragem para seguir à procura de emprego e formação.

Cristina Cunha, uma das artistas convidadas para dinamizar as oficinas, a par com Vânia Silva, frisa que todas as expressões artísticas acabam por ter essa função de “desinibição e descoberta pessoal das ferramentas que nem sabemos que temos”.

“Fazer uma máscara envolve um processo imenso desde de criação de ideia, desenho, modelação em barro, o trabalho de molde, até chegar ao produto final. É todo um processo que dá mote ao desenvolvimento de ferramentas fantásticas”, refere a atriz.

As últimas oficinas desenvolvidas contaram com 18 participantes e está a ser preparado um novo grupo. O projeto GPS 4G tem como entidade coordenadora local a Sol do Ave e é financiado pelo Fundo Social Europeu. O Instituto de Segurança Social, I.P. assume a qualidade de Organismo Intermédio.

Atividades encerram com convívio na Zona de Lazer de Agrela e Serafão

Para encerrar as atividades, não só das Oficinas Artísticas mas também de fim de ano escolar, a Junta de Freguesia de Agrela e Serafão promoveu um convívio, a 27 de julho, que juntou crianças e idosos.

“Todos os anos fazemos esta festa de encerramento de atividades, que é uma rampa de lançamento para as férias. Temos cá o nosso Centro de Convívio e Lazer, os meninos da EB e Jardim de Infância, as crianças que estão no Complemento de Apoio à Família (CAF) e também este ano o grupo de participantes nas Oficinas Artísticas, neste local maravilhoso que é a nossa praia fluvial”, partilhou o presidente da junta de freguesia, Artur Neves Castro.

O centro de convívio funciona na freguesia desde 2012, altura em que começou com apenas 15 idosos, que foram aumentando até aos 34 em 2020. A pandemia obrigou a parar atividades, que estão a ser retomadas ajudando os idosos a “sentirem-se ativos”.

“É uma forma de combater o isolamento e retardarmos a institucionalização. Só por aí é uma mais valia. Durante estes dois anos notou-se muito isso — sete foram institucionalizados após perderem autonomia e mobilidade. Procuramos combater isso”, relatou Mónica Freitas, ao Expresso de Fafe.

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