Uma delegação do PCP, onde se incluía Maria do Carmo Cunha, eleita da CDU na Assembleia Municipal de Fafe, reuniu na semana passada com o diretor do ACES do Alto Ave, José Novais de Carvalho, para avaliar a situação dos cuidados primários de saúde em Fafe.
Segundo o PCP, na reunião foram abordados diversos assuntos, desde a qualidade das instalações, o número de profissionais disponíveis, as necessidades mais urgentes e as implicações da pandemia no funcionamento dos serviços de saúde.
A “exiguidade” das instalações no Centro de Saúde de Fafe é uma das preocupações manifestadas pelo PCP, uma vez que algumas valências previstas para Fafe não avançaram ainda por falta de espaço do atual edifício da Rua José Ribeiro Vieira de Castro, avançam em comunicado.
A Comissão Concelhia de Fafe do PCP volta a defender a disponibilização do edifício escolar contíguo, que é propriedade do Município de Fafe, para expansão do Centro de Saúde, sustentando que tal resolveria também as dificuldades de estacionamento junto a esta unidade, com a adaptação do terreiro da escola para esse fim sem grandes custos.
“Consideramos que a Câmara deve agilizar rapidamente junto do Ministério da Saúde um protocolo que sirva para melhorar o acesso à saúde dos fafenses, sem descurar uma comparticipação nas necessárias obras de adaptação”, referem.
O PCP anota ainda preocupação por os pólos das Unidades de Saúde Familiar das freguesias de Travassós e Regadas não terem ainda retomado os horários habituais, depois as alterações no pico da pandemia, algo que deverá ficar resolvido “no máximo em janeiro”, segundo lhes foi garantido por parte da direção do ACES.
Os comunistas dizem ainda ver “com preocupação o facto de ainda não se ter cumprida a proposta do PCP aprovada no Orçamento de Estado para o ano de 2020, da criação de uma Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos para cada Agrupamento de Centros de Saúde”.
Da reunião, o PCP refere ainda ter ficado a saber que “há necessidade de investimento em equipamentos, nomeadamente centrais telefónicas de atendimento, mas o que ressalta é a falta de profissionais de saúde, nomeadamente nutricionistas, podologistas e psicólogos, dada a sua escassez ou até inexistência”.
“Sabemos que isso implica uma mudança de atitude do governo, no sentido de defender devidamente o Serviço Nacional de Saúde e de cumprir os compromissos que foi fazendo mas que continuam por cumprir”, concluem.