A última reunião de câmara deste mandato ficou marcada pela apresentação do projeto de requalificação da Praça Mártires do Fascismo, conhecida como Praça da Feira Velha. Uma obra “emblemática”, frisou o presidente da câmara, que representa um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros.
Esta requalificação vai transformar a atual praça, até então utilizada como parque de estacionamento, numa “alameda central”, ponto de transição entre os Paços do Concelho e o Parque da Cidade.
O projeto contempla uma escadaria de ligação à Avenida 5 de Outubro e o realinhamento do arruamento de acesso ao Parque da Cidade, de forma a dar continuidade ao traçado. A proposta junta zonas pavimentadas, áreas verdes, fonte e espelhos de água e bancos em pedra a convidar ao “descanso, contemplação ou socialização”.
Antero Barbosa disse prever o arranque das obras até ao final do ano, concluída que esteja a obra de ampliação do Parque de Estacionamento de Sá, necessária para avançar com esta 2ª fase da empreitada, de requalificação da praça.
PSD critica apresentação do projeto em tempo de campanha
A abertura do concurso para a obra foi aprovada com a abstenção do PSD, que criticou a apresentação do projeto a menos de quinze dias das eleições autárquicas.
“Não está em causa a legitimidade formal destes concursos e projetos, sabemos que a câmara não pode parar em período eleitoral. O que está em causa é a ética e a forma como se exerce o poder. Porquê só agora, nesta última reunião de câmara? Esta coincidência de calendários cria uma perceção inevitável: a câmara municipal está a ser confundida com a campanha eleitoral e isso mina a confiança dos fafenses. A câmara é a casa de todos, não pode ser usada como comité de campanha. Fazer isso não é apenas eticamente reprovável, é sinal de má gestão e de falta de respeito pela igualdade de oportunidades”, argumentou Rui Novais da Silva.
O líder da PSD alertou ainda que “concursos lançados à pressa, em plena campanha, correm risco de serem mal preparados, impugnados ou atrasados” e que “quem perde no fim são os cidadãos”.
Antero Barbosa contrapôs que “o concurso não podia ser lançado antes, porque a sua aprovação é recente em termos do Programa Norte2030”, que irá financiar a obra em 85%, e que os municípios serão penalizados caso não cumpram com taxa de execução.