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‘Rosa dos Ventos’: Inaugurada escultura de artista alemão na Aldeia do Pontido

Características naturais e patrimoniais do local foram o ponto de partida da intervenção do escultor Volker Schnüttgen. Carvalho e granito foram os materiais escolhidos.

O Município de Fafe inaugurou, na segunda-feira, a peça escultórica “Rosa dos Ventos”, resultante de uma residência artística realizada pelo artista alemão Volker Schnüttgen na Aldeia do Pontido. 

Esta obra insere-se no Programa de Intervenções Artísticas e Comunidade “No Minho não há aldeia melhor do que a minha!”, promovido pelo consórcio Minho In que integra os 24 municípios do Minho, e que conta com a curadoria de Helena Mendes Pereira da Zet Gallery.

Segundo a autarquia, a escolha do artista e o entendimento sobre a peça a realizar nesta residência ficaram a cargo do Município de Fafe, sendo esta obra uma das primeiras a ser inaugurada no âmbito do projeto.

“O ponto de partida para a proposta do artista foram as características naturais e patrimoniais da Aldeia do Pontido. Nesse sentido, a intervenção pretende valorizar a poesia do lugar, de uma natureza intacta, com a presença de uma floresta de carvalhos e um património com arquitetura tradicional em granito. O artista entende a escultura como um padrão que estabelece um sinal, marca o lugar, criando o espaço simbólico que pode ser descoberto”, explica o município, em comunicado. 

Foto: CMF.

A inauguração contou com a presença do artista Volker Schnüttgen; do presidente da câmara de Fafe, Antero Barbosa; da vereadora da Cultura, Paula Nogueira; do vereador do Ambiente, Raul Cunha; da diretora executiva da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Ave, Marta Coutada; e da curadora Helena Mendes Pereira. Foram igualmente convidados os presidentes das Juntas de Freguesia de Queimadela, Revelhe e Travassós.

“É com muita satisfação que inauguro esta obra, um projeto que leva a arte a um espaço improvável, enriquecendo aquele que é o nosso paraíso, a Barragem da Queimadela”, expressou o presidente da câmara, no momento da inauguração.

O autarca apelou ainda à importância de se cuidar da barragem e da sua envolvente e ao facto de haver agora “mais um motivo de visita para admirar esta obra”.

A vereadora da Cultura, Paula Nogueira, referiu-se ao processo de escolha do local de implantação da peça, junto à Barragem da Queimadela. “É um ponto de abertura total ao espelho de água, e uma localização ideal para colocar a «Rosa dos Ventos» que nos guia e nos impede de nos perdermos, algo crucial num ponto de passagem de muitos caminheiros e pedestrianistas”, referiu.

A curadora Helena Pereira abordou a qualidade artística do escultor: “Schnüttgen é um artista de referência internacional, com representação da sua obra escultórica em todo o mundo, facto que acrescenta valor à coleção urbana de Fafe”, coleção essa que o Município pretende melhorar e incrementar a cada dia. A curadora destacou ainda o facto de ser a primeira vez que o escultor alemão trabalhou dois materiais numa só peça: madeira (carvalho, uma madeira autóctone) e pedra (granito, tão típico da região do Minho).

Foto: CMF.

Volker Schnüttgen, por sua vez, referiu que adorou estar na residência artística e que “acima de tudo, se sentiu adotado pelas pessoas da aldeia que o ajudaram e acompanharam. O ateliê, mais do que uma residência artística, tornou-se numa residência de amigos e família”. Sobre a matéria-prima utilizada, o artista revela que são dois materiais tão distintos e que os trabalhou mantendo a sua identidade, sendo que “ambos só fazem sentido juntos, resultando numa extraordinária harmonia de matéria e simbolismo”.

A «Rosa dos Ventos» é uma obra para interpretar e ser lida com a alma. É feita pelo artista, mas a maior parte é concretizada pela natureza. Quem aprecia esta obra pode lê-la com a alma. As pedras que aqui estão foram colocadas para que as pessoas possam sentar-se e apreciá-la de diferentes pontos de vista, de diferentes pontos cardeais, interpretando a peça e a própria vida como quiserem e sentirem”, explicou o artista, citado em comunicado.

Marta Coutada, da CIM do Ave, referiu-se à importância destes projetos intermunicipais: “Estas residências artísticas ajudam a que se estabeleça uma relação entre os artistas e as comunidades onde se inserem. Tiveram um importante papel durante os anos de pandemia, salvando vidas, pois muitos artistas estavam entregues ao abandono, sem trabalho e sem rumo”.

Artista realizou em paralelo workshop para alunos de artes

Segundo o município, com vista a otimizar a sua presença em Fafe, Volker Schnüttgen realizou, no período da residência, um workshop para um grupo restrito de alunos que frequentam o curso de artes na Escola Secundária de Fafe, e que puderam interagir com o escultor e inteirar-se das suas técnicas de trabalho. Schnüttgen tentou sensibilizar os mais novos para as peculiaridades do trabalho artístico com os diferentes materiais, exemplificando as diferentes técnicas e como ele próprio respeita e se relaciona com o meio ambiente.

Programa de Intervenções Artísticas e Comunidade “No Minho não há aldeia melhor do que a minha!”

O objetivo do projeto é promover a animação, requalificação e dinamização turística das aldeias do Minho. Como resultado de todas as residências artísticas levadas a cabo pelos municípios minhotos será, posteriormente, publicado um livro alusivo a todas as obras de arte que daí resultem.

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