O Tribunal de Guimarães condenou, esta quinta-feira, a 13 anos de prisão o militar da GNR de Fafe, Sérgio Ribeiro, por ser o instigador de um esquema de burlas superiores a 400 mil euros, que lhe permitiu ter uma vida de luxo.
Segundo avançado pela agência Lusa, o coletivo de juízes condenou o militar da GNR de Fafe por dezenas de crimes de instigação de burla qualificada e por branqueamento de capitais, aplicando-lhe, em cúmulo jurídico, a pena única de 13 anos de cadeia, assim como a proibição de exercer funções de GNR por um período de cinco anos.
O tribunal condenou ainda o pai do militar da GNR a 10 anos de prisão, por diversas burlas e branqueamento. À mãe foi aplicada a pena de cinco anos por coautoria em algumas burlas com o marido, e à esposa do GNR uma pena de quatro anos e meio pelo crime de branqueamento, ambas as penas suspensas na sua execução por igual período.
Na leitura do acórdão, o coletivo de juízes deu como provado que o militar da GNR “não agiu em coautoria com os pais, mas antes houve “instigação” sobre os mesmos, que, em coautoria, “executaram um plano por estarem convencidos pelo filho de que assim o ajudavam”, avança ainda a Lusa.
Na acusação, o Ministério Público sustenta que o esquema passou por o pai do GNR, “muito conhecido, considerado e com boa reputação na sua área de residência, acolitado pela sua mulher sempre que necessário, pedir dinheiro emprestado a pessoas que nele confiavam, geralmente pessoas de idade, enganando-as com uma simulada situação de urgência e aflição”.
Os quatro arguidos foram condenados a pagar mais de 400 mil euros ao Estado, valor relativo às burlas cometidas, e a indemnizar as vítimas que se constituíram assistentes no processo.