Foi assinada esta quarta-feira, nos Paços do Concelho, a ata de constituição do núcleo fundador da primeira Zona de Intervenção Florestal (ZIF) do concelho de Fafe, criada na freguesia de Moreira de Rei e Várzea Cova, numa área que se propõem a atingir os 1.169 hectares.
A Zona de Intervenção Florestal (ZIF) é uma área territorial contínua, constituída maioritariamente por espaços florestais, que surge por iniciativa de um grupo de proprietários e produtores florestais, que constituem o núcleo fundador.
Segundo o município, a ZIF tem como principais objetivos prevenir os incêndios florestais e promover a gestão sustentável dos espaços florestais que as integram. “Os aderentes têm como principais vantagens benefícios fiscais como a isenção do IMI, diminuição do risco de incêndios, acesso a fundos comunitários e apoio técnico e profissional de uma entidade gestora, neste caso a Cooperativa De Produtores Agrícolas De Fafe (COFAFE), que irá assegurar a gestão da área da ZIF, sendo que os proprietários continuam a ter a gestão da sua exploração florestal”, explica a autarquia, em comunicado.
A apresentação da ZIF foi feita por Mónica Caldeira, da COFAFE, a que se seguiu a assinatura da sua constituição, pelos proprietários presentes, nos quais se inclui o município.
Raúl Cunha, vereador da Câmara de Fafe responsável pelos pelouros do Ambiente, Desenvolvimento rural, florestas e recursos naturais, congratulou-se com esta iniciativa, que considerou ser um “passo muito importante” para que, agrupados e com apoio técnico, possam ter “outra visão” no desenvolvimento daquela zona do concelho, com acesso a fundos comunitários.
“Não aceitamos que o território possa ficar abandonado e sem rentabilidade. Combater isso passa por nos agruparmos e trabalharmos em conjunto”, anotou.
O vereador disse esperar que este projeto piloto possa inspirar à criação de novas ZIF noutras zonas do concelho, com o envolvimento das juntas de freguesia.
“Não vai resolver todos os problemas, mas acredito que pode ser importante e ajudar a resolver uma parte dos problemas neste território, e ser exemplo para que noutras freguesias outros projetos similares surjam”, referiu, destacando a necessidade de angariar mais proprietários de modo a avançar com candidaturas a fundos comunitários.