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PCP faz “avaliação negativa” ao 1º ano de mandato de Antero Barbosa e lamenta desvalorização da AM

"Consideramos que temos feito um trabalho sério na assembleia municipal e temos o compromisso de continuar a fazê-lo", afirmam os comunistas.

A Comissão Concelhia de Fafe do PCP promoveu, na segunda-feira, uma conferência de imprensa de balanço do primeiro ano de mandato autárquico, marcado pelo regresso do PCP à Assembleia Municipal.

Maria do Carmo Cunha e Alexandre Leite, membros da Comissão Concelhia, salientaram o trabalho desenvolvido pelo PCP, no sentido de “dar voz aos problemas das populações”, lamentaram a “desvalorização” que é feita ao papel fiscalizador do órgão assembleia municipal, e deixaram críticas à gestão deste executivo liderado por Antero Barbosa.

Os comunistas recordam que durante este ano apresentaram várias moções, doze no total, mas que mesmo as que mereceram aprovação por unanimidade da assembleia municipal não foram levadas a cabo pelo executivo camarário. Exemplo disso dizem ser a moção, em abril, que recomendava à câmara a criação de um gabinete de apoio aos feirantes, a instalação de pontos elétricos no recinto da feira e a redução das tarifas pagas pela utilização daquele espaço. “Até agora nenhuma das medidas foi levada a cabo pelo executivo camarário, desrespeitando a vontade expressa pela assembleia e os interesses dos feirantes”, assinalam.

O PCP anota ainda como significativa a rejeição por parte da maioria PS da proposta de gestão pública das cantinas escolares, o que interpretam como “conivência com a precariedade laboral praticada” pelas empresas a que estas estão concessionadas, bem como a rejeição da valorização do jardim das traseiras do tribunal com a procura de soluções que melhorem o acesso e a visibilidade à estátua da Justiça de Fafe, que não destruam aquele espaço verde.

Consideramos que temos feito um trabalho sério na assembleia municipal e temos o compromisso de continuar a fazê-lo“, frisou Alexandre Leite, salientando que o PCP tem sido “a única força de esquerda na assembleia municipal que tem trazido assuntos relevantes e com importância para as condições dos trabalhadores e do povo de Fafe”, numa posição reivindicativa.

A este propósito, lamentam que haja uma “desvalorização do papel fiscalizador da assembleia, com a complacência do PS que é quem tem mais eleitos”, considerando que aquele é “o sítio para questionar a câmara, fazer propostas, intervir”, mas sofre com a “falta de interesse e participação de muitos membros da assembleia“, o que “contribui para a paralisação de um órgão que devia ser muito mais ativo no seu papel”.

“A grande maioria está lá para marcar figura de corpo presente”, critica o PCP, apontando o dedo aos presidentes das juntas de freguesia e ao seu “silêncio”, mesmo quando o assunto diz-lhes respeito, como é exemplo a transferência de competências. “Às vezes parece que não sabem que podem falar… É estanho que nunca falem”, considera Alexandre Leite. “Há uma espécie de subserviência ao poder executivo“, completa Carmo Cunha.

Quanto ao trabalho do executivo liderado por Antero Barbosa na câmara municipal, o PCP faz uma “avaliação negativa deste 1º ano de mandato”.

“Havendo um novo presidente de câmara, há sempre expectativa de que traga ideias novas, uma outra atitude, mas foi muito rápido perceber-se que é outra vez a mesma coisa. Mudou a cara, poderá haver algumas melhorias, mas no geral podemos dizer que é o PS em Fafe a governar a câmara como tem feito nos anos anteriores, com tudo de mau que isso tem“, afirma Alexandre Leite.

O PCP critica a “pressa” na apresentação do orçamento o ano passado, face ao pouco tempo entre a tomada de posse e o final do ano, quando a lei permite que em anos de eleições se possa prolongar o prazo para apresentação, o que resultou em “mais do mesmo”.

A pressa que devia haver não era a de apresentar um orçamento a correr, mas a de resolver os problemas das populações, e aí já não houve pressa. Houve pressa de despachar o orçamento e depois logo se vê, ao longo do ano vai-se retificando. O trabalho que a câmara tem feito demonstra que faz as coisas em cima do joelho, caso a caso, sem planeamento“, criticam.

Não há uma estratégia. Para um partido e um poder que está instalado há tantos anos, ainda não ter uma estratégia é impressionante e não se percebe como as pessoas aceitam isso. A continuarmos com este tipo de organização da câmara e de poder, Fafe vai continuar a definhar, a perder população e andar para trás. Em termos de anúncios até vai havendo, mas depois fica tudo meio esquecido e adiado”, referem.

O PCP critica que Antero Barbosa reúna com empresários de diversas áreas, mas não tenha sido tornado pública nenhuma reunião com organizações representativas dos trabalhadores, que fazem parte da sociedade fafense. “Era importante ouvi-los para conhecer os problemas. Tem falhado, tem escolhido o lado que prefere beneficiar”, concluem.

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