Quinta-feira, Março 28, 2024
No menu items!
- Anúncio - spot_imgspot_img
spot_img
InícioOpiniãoDesta vez, não metam água.

Desta vez, não metam água.

Opinião de Pedro Magalhães, presidente da JSD Fafe.

Esta semana, Fafe foi um dos 55 municípios portugueses a assinar um protocolo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) cujo objetivo passa fundamentalmente pela reabilitação das margens dos rios.

Na sequência da cerimónia realizada em Coimbra, no âmbito da Assistência da Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa, vários municípios vieram de imediato trazer a público planos de inventimentos (alguns de milhões de euros e inter-municipais) onde foi assumido um compromisso sério com o futuro não só do leito do rio em si, mas também do que representa para as regiões que este atravessa. De Fafe muito pouco foi dito sobre a ambição do que fazer com parte dos 9 milhões de euros que estão destinados aos concelhos de Fafe, Vizela, Trofa, Santo Tirso, Felgueiras, Guimarães, Vila Nova de Famalicão – que partilham entre si as margens do Rio Vizela e do Rio Ave. Ao invés de falar do potencial e do futuro que o investimento possa trazer, o nosso município limitou-se a falar da Barragem da Queimadela e do saudoso Corredor Verde da Cidade que teima em não florir.

A título de exemplo, temos o Município de Caminha que vai investir de cerca de 1.5 milhões de euros nas margens rio Coura; Em Esposende e Viana do Castelo o rio Neiva é o foco da ação de ambos os concelhos na limpeza, preservação e visto como um potencial turístico; e mesmo aqui ao lado, em Guimarães, vai ser feita uma reabilitação de 40km ao longo de todo o Rio Ave, com a construção de 51km em ecovias.

Depois desta minivolta pelo Minho e Alto-Minho percebemos que estamos muito aquém da ambição que esta matéria merece. A valorização dos rios é uma valorização da biodiversidade, um combate indireto à poluição e um potenciador de turismo quando bem trabalhado – exemplo disso é a Barragem da Queimadela.

Em algumas freguesias tem sido feito um esforço individualizado para valorizar as margens. Aqui e ali têm-se construído alguns parques de lazer, zonas piscatórias e algumas áreas que permitem a possibilidade de praias fluviais. Mas temos de encarar esta oportunidade como projeto de fundo, alargado e que envolva os nossos autarcas das freguesias. Os nossos Presidentes de Junta têm hoje uma oportunidade ímpar de apostar no ambiente, no turismo e na divulgação da sua terra. Cabe ao Município ouvi-los, valorizar o território e o rio. Cabe ao Município ter o rasgo e a ambição de aproveitar esta oportunidade e não se cingir apenas ao que já temos.

Os nossos vizinhos deram prontamente uma resposta e uma ambição clara do que pretendem, espero que Fafe faça o mesmo e não deixe a oportunidade ir “pelo rio abaixo”.

Opinião de Pedro Magalhães, presidente da JSD Fafe.

- Anúncio -spot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Jornal em PDF

Redes Sociais

10,000FãsCurtir
0SeguidoresSeguir
55SeguidoresSeguir
0InscritosInscrever

Artigos Recentes