Fafe está a receber e acolher famílias ucranianas. Na freguesia de Medelo estão já instaladas quatro pessoas. Os serviços do Município de Fafe reuniram com a família, apoiados por uma tradutora “para que o apoio a prestar seja bem conjugado com toda a oferta instalada e serviços públicos, procurando dar resposta às necessidades das pessoas”, informou hoje a autarquia, em comunicado.
Os serviços de Ação Social do Município estão em contacto com a rede local de residenciais e hotéis, para aferir a capacidade de acolhimento, estando neste momento disponíveis 10 quartos (alguns de tipologia familiar). Nesta matéria, está também identificada uma rede de solidariedade, desde famílias de acolhimento, a casas, apartamentos e quartos de particulares e entidades de serviço social, tendo também o município disponíveis apartamentos de sua propriedade.
O município avança ainda que está a apoiar a Santa Casa da Misericórdia, tendo em vista o acolhimento de 30 pessoas. O Município de Fafe fará o transporte destas 30 pessoas, no próximo sábado, a partir de Lisboa, assegurando apoio logístico e articulação com serviços de saúde, educação e emprego.
A autarquia fafense sublinha que toda a ação humanitária em curso inscreve-se no âmbito da CIM do Ave (Comunidade Intermunicipal do Ave), tendo-se adotado o plano de apoio numa perspetiva conjunta, uma posição concertada e desenvolvida à escala regional, agregando, na provisão de ajuda humanitária em curso, a ação dos oito municípios da região, e esforços da sociedade civil, entidades públicas e privadas, bem como dos cidadãos.
“Diversas ações estão no terreno e articulam diferentes interlocutores, tais como serviços municipais (ação social, gabinetes de desenvolvimento económico, educação, proteção civil), juntas de freguesia, a comunidade ucraniana residente na região e em cada um dos municípios, agrupamentos de escolas, IEFP, organizações de saúde pública, Centros Locais de Apoio à Integração de Migrante (CLAIM) e organizações da sociedade civil”, anota a autarquia.
O Município de Fafe refere estar disponível para acolher refugiados, “no quadro do circuito formal estruturado ao nível da CIM do Ave”, tendo “devidamente identificadas, e asseguradas, todas as ofertas de alojamento, integração escolar e emprego para que, numa necessidade imediata, seja possível conceder resposta digna a quem procura fugir da guerra e encontrar alguma paz e acolhimento dignos”.
Parte dos bens reunidos fruto da generosidade da população fafense, nos dois pontos de recolha (Cruz Vermelha e COOPFafe), já foram encaminhados para transporte rumo à Ucrânia, prosseguindo este trabalho “sob monitorização diária, para que o acompanhamento e a facilitação tornem todo o plano o mais eficiente possível”, anotam.
Numa outra frente de serviço e apoio humanitário, e para além da identificação das disponibilidades de alojamento, alimentação, meios de subsistência e famílias de acolhimento, a autarquia diz estarem a ser articulados esforços de apoio social mais transversais, incluindo criação de plataforma digital para obtenção de informações, tradução, apoio na saúde, entre outros.
