Os ideais da liberdade, emancipação feminina e luta vão subir ao palco do Multiusos de Fafe, este sábado, com a apresentação da opereta ‘Maria da Fonte’, que promete conjugar comédia, música lírica tocada e cantada ao vivo, com a componente teatral.
A atuação marca a estreia da opereta a norte do país, depois da estreia em Lisboa. Mais de 90 pessoas em palco, entre músicos, maestro e elenco, prometem dar corpo ao espetáculo cómico e inovador em torno da figura da ‘Maria da Fonte’.
Em destaque estarão o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Artave, bem como alguns dos mais reconhecidos solistas da atualidade, como Cátia Moreso, Luís Rodrigues, Marco Alves dos Santos, Inês Simões, Eduarda Melo, João Merino e Tiago Matos.
A versão moderna a apresentar em Fafe conta com a direção musical do maestro João Paulo Santos e encenação de Ricardo Neves-Neves, autor do libreto atual, e desenvolve-se em torno da heroína popular como uma mulher intensa e corajosa, que marca a primeira e única revolta no feminino na nossa História. “Uma revolta da mulher minhota cujo aproveitamento político a catapultou para uma dimensão nacional que ainda hoje perdura no imaginário coletivo”, descreve a organização.
“A Maria da Fonte é uma mulher de armas, uma mulher muito consciente da sua liberdade e da sua força, muito reivindicativa e lutadora. É tão bom poder interpretar uma mulher que foi tão importante na nossa história”, expressou nos ensaios Cátia Mureso, que interpreta a personagem principal da Maria da Fonte, louvando a descentralização da cultura a que assistimos com a apresentação do espetáculo em Fafe.
A vereadora da Cultura do Município de Fafe, Paula Nogueira, fala de um “momento histórico para Fafe, para o Norte e para a cultura”, depois de muitos meses de trabalho. “É uma produção extraordinária, divertida e que traz certamente uma hora e meia de grande prazer para o público. As pessoas vão conseguir identificar-se muito bem com o que vai acontecer em palco”, dá nota, lançando o convite.
O encenador Ricardo Neves-Neves fala de um “sonho concretizado” uma vez que, “apesar do texto ter sido feito por um algarvio, a partir do libreto de Gervásio Lobato de Lisboa, com música, atores, cantores, músicos que são um pouco de todo o país, foi sempre pensado e direcionado sobre o Minho e para o Minho”.
“Fizemos com muito amor e estamos com muita alegria aqui a apresentar uma história que não é só local ou regional, é também nacional e mesmo passados estes anos continua a inspirar-nos e a trazer-nos a prova de que o povo tem uma força grande“, concluiu, em declarações à imprensa, à margem dos ensaios.
Os bilhetes estão disponíveis na Ticketline e no local do espetáculo.