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Petição contra passadiços na Barragem de Queimadela reúne mais de 600 assinaturas

PAN assina petição e diz-se preocupado com "desvalorização da paisagem natural". Câmara justifica pontão metálico com "dificuldade de transporte das vigas de madeira".

O prolongamento dos passadiços que acompanham a margem da Barragem de Queimadela está a gerar contestação, tendo sido lançada uma petição pública a pedir o fim da obra, que conta com mais de 600 assinaturas.

A petição, endereçada à Câmara de Fafe e ao Ministério do Ambiente, considera que os passadiços “estragam a paisagem” e “não acrescentam valor à Barragem de Queimadela”.

“As obras já se iniciaram e o que vimos não foi bonito. Uma ponte em ferro mesmo por cima da cascata da barragem é um atentado ambiental“, criticam. 

“Pela barragem, pelo meio ambiente, pelos cidadãos e pelas espécies animais, queremos o fim da construção dos passadiços na barragem! Já!”, concluem.

Recorde-se que o prolongamento do percurso pedonal na Barragem de Queimadela, num investimento superior a 155 mil euros, foi anunciado em março pela autarquia fafense, como um projeto que pretende melhorar as acessibilidades e valorizar aquele espaço de lazer.

Na ocasião, em comunicado, a autarquia falava no prolongamento do percurso pedonal já existente na margem poente da albufeira da Barragem de Queimadela, através da criação de um passadiço em madeira que permitiria aos utentes circularem a toda a volta da albufeira.

Câmara justifica pontão metálico com “dificuldade de transporte das vigas de madeira”

O Expresso de Fafe pediu esclarecimentos à Câmara de Fafe, nomeadamente sobre a ponte metálica que está a ser colocada frente à cachoeira e que suscita a maior indignação pelos subscritores da petição.

A autarquia fez saber que “esta empreitada prevê a execução de 370 metros lineares de passadiços em madeira, com 2,00m de largura ao longo da margem norte da albufeira de Queimadela, bem como de um passadiço / pontão metálico com 20m de vão, situado junto à zona da “Cachoeira” e do areal situado a nascente da Albufeira”.

“A colocação desse pontão, nesse local, é muito importante, já que permitirá dar continuidade dos percursos existentes, através da ligação entre ambas as margens da Albufeira, ligando, dessa forma, os passadiços existentes, situados na margem sul, que possuem cerca de 280m de extensão, aos novos 370m que serão criados na margem norte, disponibilizando aos caminhantes / visitantes a possibilidade da circulação, de forma segura e ininterrupta, em torno da Albufeira, assim que estiver concretizada a intervenção”, consideram.

A Câmara de Fafe esclarece que “numa primeira fase da elaboração do projeto, o pontão estava previsto ser executado em madeira, no entanto, aquando do lançamento da empreitada, já foi previsto a sua construção em estrutura metálica”.

“Os motivos dessa alteração de material da execução do pontão, prendeu-se, principalmente, com a dificuldade de transporte das vigas de madeira com 20m de comprimento até esse local da Albufeira. A solução da sua execução em estrutura metálica possibilitou o transporte do pontão, de forma seccionada em 3 partes, sendo essas secções acopladas, entre si, já no local da sua montagem / instalação”, sustentam.

PAN assina petição: “Preocupa-nos a desvalorização da paisagem natural”

A Comissão Política Distrital do PAN, Pessoas-Animais-Natureza, de Braga pronunciou-se esta quarta-feira contra a construção dos passadiços na Barragem de Queimadela e informou que vários dos seus membros assinaram a petição que quer pôr fim à construção.

“Para além dos possíveis impactos ambientais, preocupa-nos a desvalorização da paisagem natural. Os fafenses têm toda a razão para estarem contra esta obra, principalmente depois de verem aquela ponte metálica que corta completamente uma das imagens mais reconhecidas do concelho”, afirmou Rafael Pinto, porta-voz distrital, citado em comunicado, acrescentando que “o valor turístico da zona está precisamente na envolvência com a natureza que agora se encontra afetada.”

“Os 155 mil euros investidos pela Câmara na construção dos passadiços deveriam ser utilizados na conservação ambiental. O concelho de Fafe tem um enorme património natural que precisa de ser valorizado” remata Rafael Pinto.

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