A Câmara de Fafe vai entregar a gestão do cemitério municipal à Junta de Freguesia de Fafe. A deliberação foi aprovada em reunião de câmara, na sequência de várias reuniões com o executivo da junta, seguindo agora o contrato interadministrativo para aprovação das assembleias municipal e de freguesia.
Segundo o documento, o município irá transferir a competência e o envelope financeiro correspondente, uma verba fixa de 26 mil euros por ano para manutenção do cemitério, ficando também a junta com as receitas dali provenientes.
PSD alerta que cemitério “está no limite”
Uma das preocupações levantadas por José Baptista, vereador do PSD, foi o facto do município estar a “delegar na junta de freguesia um equipamento esgotado”, questionando como será no futuro relativamente a um novo cemitério ou alargamento do atual.
A questão já tinha sido levantada em assembleia municipal, pelo social-democrata Francisco Pinto, alertando que o espaço “está no limite”, mas a junta “não terá capacidade financeira para adquirir terrenos e fazê-lo crescer”.
A vereadora Márcia Barros garantiu que os ampliamentos continuarão sobre responsabilidade da câmara. O presidente, Raul Cunha, sublinhou que a orientação política global é que a gestão dos cemitérios seja feita pelas freguesias, sendo que Fafe era a única exceção. O autarca defendeu a importância deste “processo de descentralização”, considerando que “não há razões para que Fafe não tivesse a gestão do cemitério, como as outras freguesias”.
Ao Expresso de Fafe, o presidente da junta, Paulo Soares, revelou que já há um ano que pretendiam assumir a gestão do cemitério, mostrando-se satisfeito pelo acordo alcançado com a câmara e reiterando a preocupação com a falta de espaço.
“A nossa opinião é que o cemitério está um bocadinho abandonado. É um sítio que merece respeito e assumindo a sua gestão queremos dar-lhe o respeito devido”, concluiu.