O PSD/Fafe promoveu, na sexta-feira, no Arquivo Municipal, uma sessão sobre a segunda revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) da Câmara de Fafe, que se encontra em discussão pública.
Esta segunda sessão temática da iniciativa dos sociais-democratas “Construir a Alternativa” teve como convidados para abordar as questões do ordenamento do território do Município de Fafe: o ex-vereador do Ordenamento e Urbanismo, Eugénio Marinho, e o ex-presidente da Câmara de Fafe, José Ribeiro.
A sessão foi moderada pelo líder do PSD, Rui Novais da Silva, que sublinhou uma vez mais a importância da Câmara de Fafe se posicionar para criar competitividade, considerando que esta revisão seria o momento para redefinir a estratégia de planeamento tendo em vista o futuro.
José Ribeiro apontou a clareza e a transparência como fundamentais neste processo de revisão, defendendo a sua divulgação para esclarecimento dos cidadãos, de forma a que possam depois verter em propostas de alteração o que entendam que não esteja devidamente acautelado.
Sobre a ordenamento do território, o ex-presidente de câmara considera que “nos últimos anos têm sido tomadas algumas decisões que invertem a organização da cidade“, criticando a recente instalação do Aldi e do McDonald’s num espaço que, refere, deveria ser “um local privilegiado para habitação e algum comércio”.
A intenção de construção de habitação social por parte da câmara no espaço da antiga fábrica da Alvorada também merece críticas de José Ribeiro: “A opção parece-me errada. Não só não me parece bem a intervenção feita pela câmara na intromissão do negócio em curso para habitação com qualidade, como o que se diz ser intenção também não me parece o mais adequado”.
Por sua vez, Eugénio Marinho considerou que o princípio da participação não foi cumprido nesta revisão do PDM, defendendo que todos os fafenses deveriam ser chamados a intervir, mas o período de discussão pública serve apenas para “pormenores”.
“Considero que este PDM não apresenta nada de novo do ponto de vista estruturante. Devia ser pensado e orientado para o que queremos para o futuro coletivo de Fafe, mas não há uma definição estrutural pensada. Vem só acomodar o regime jurídico e na minha perspetiva da pior maneira”, referiu.
Lamentando que Fafe tenha uma “tradição péssima em planeamento”, Eugénio Marinho considerou que “este documento não é estratégico” e reforçou, por fim, a importância da transparência dado tratar-se de “um documento muito sensível que acomoda muito interesse”.
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